Dimas Macedo
Membro da Academia Cearense de Letras
A
invenção misteriosa apta a denotar os
inesgotáveis labirintos humanos e os seus intrincados caleidoscópios, a
literatura, apesar da automação dos estilos de vida, dos avanços da cibernética
e da sofisticação da indústria cultural, continua a desafiar a argúcia dos
homens como a forma por excelência ainda humanamente capaz de preservar o
sentido mais transcendente da fraternidade e da comunicação.
Por outro lado a entrada auspiciosa de
Jung no cenário das discussões psicológicas, aspirando a poeira materialista do
divã e sobre o mesmo aspergindo a alegoria mitológica do símbolo e do mistério,
através do recurso aos valores mais eternos do cristianismo, contribuiu para a
reflexão sobre o sentido do homem, a paz, a verdade e o amor como eixos da
polarização de todo o dilema existencial.
A liberdade, no seu significado mais
totalizante e abrangente, somente é possível de ser mensurada, experimentada e
usufruída em toda a sua contextura, quando conjugada com a verdade e o amor. Os
estandartes da liberdade, portanto, são os espaços porosos da existência
através dos quais a plenificação humana
encontra os seus estágios de realização.
Em SENDAS DA LIBERDADE, o cristão
militante e artista, misto de psiquiatra e poeta, João Dummar Filho, decide por
fim revelar para o público a sua dimensão maior de intelectual, assumindo assim
a sua vocação de escritor, coincidentemente numa terra rica de tradições
literárias mas infelizmente ainda pouco sensível às coisas superiores do
espírito e da transcendência.
No entanto, mesmo conhecendo todas
essas advertências, João Dummar Filho
resolve de público confirmar as suas aptidões de poeta engenhoso e
empreendedor, enveredando pelo gênero lírico da poesia, mas não deixando também
de nos oferecer um atestado da sua capacidade de trabalhar o épico, através das
suas odes aos poetas Jáder de Carvalho e Demócrito Rocha, sendo deste último
neto e continuador, de quem aliás cultiva o gosto pela liberdade e pelos
valores espirituais.
A fusão do binômio literatura versus
fraternidade, na poesia de João Dummar Filho, encontra com acerto a sua mais
acabada expressão. Mas para quem, com ele, faz da pregação da fraternidade um
princípio para orientar as relações humanas, coisa diversa com certeza não se
podia esperar. João Dummar Filho é poeta e disto, para minha satisfação e
alegria, me foi oferecida a oportunidade de testemunhar. Auguro, pois, que o
sucesso do seu primeiro livro possa ratificar os méritos de que João Dummar
Filho é merecedor. Honra-me poder recomendar aos seus futuros leitores as
indiscutíveis qualidades que a sua poesia contém.
Sua arte poética,
registre-se finalmente por oportuno, parece toda ela revestida pelos apelos da
afetividade e da evocação. Trata-se pois de uma estética sensorial e criativa,
mística e profundamente humana pelo seu conteúdo lírico e social.
Foi a primeira vez que eu acessei esse blog, e fiquei maravilhada com tudo.Espero que esse novo trabalho do cd já seja concretizado,e que o senhor continue assim, sempre ajudando através desse dom maravilhoso que Deus lhe deu que é a sabedoria, e que através da medicina entra na vida das pessoas. Que Deus lhe abençõe, e que o divino Espirito Santo lhe envolva cada vez mais.Zuleide Lima
ResponderExcluirJoão passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, espetacular desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
ResponderExcluirUm grande abraço e tudo de bom
Ass:Rodrigo Rocha